Palácio Anchieta Vitória

Palácio Anchieta Vitória é a sede do poder executivo do estado do Espírito Santo, Brasil. O palácio localiza-se exatamente a frente do Porto de Vitória, na entrada da Cidade Alta, um dos bairros mais antigos da cidade.

O Palácio é utilizado como sede do Governo do estado do Espírito Santo desde o século XVIII, sendo uma das sedes de governo mais antigas do Brasil.

Palácio Anchieta Vitória

Palácio Anchieta Vitória História

No ano de 1551 a recém criada Vila de Nossa Senhora da Vitória sofre o início de grandes construções. Os padres da Companhia de Jesus, liderados pelo padre Afonso Brás, principiaram a construção do conjunto arquitetônico formado pela Igreja de São Tiago e pelo Colégio dos Jesuítas, atual Palácio Anchieta. Em 1570, um incêndio destrói a primeira sede da igreja de São Tiago, mobilizados pelo padre Inácio de Tolosa, missionários em agradecimento à acolhida após um naufrágio na foz do Rio Doce iniciavam a construção de uma nova sede para a Igreja de São Tiago, agora em pedra, no mesmo local da anterior, depois da perfuração de um poço de 8 metros atrás da igreja.

Entre os personagens ilustres que passaram pelo complexo foi o padre José de Anchieta que, em 1587, ficou responsável por dirigir e concluir a primeira ala do Colégio de São Tiago de frente para a praça João Clímaco e a igreja de Nossa Senhora da Conceição em Anchieta. Devido à suas funções estabeleceu-se na Vila de Vitória como Superior. De 1592 a 1594 foi nomeado Visitador das casas do Sul. Em 1596, foi nomeado governador e conselheiro da Casa de Vitória. Posteriormente conseguiu dispensa de suas funções e retirou-se para Reritiba, onde faleceu no dia 9 de junho.  Foi sepultado em Vitória, em frente ao altar principal da antiga igreja de São Tiago, onde até hoje é possível visitar o túmulo simbólico, pois em 1610 os restos mortais foram removidos para Bahia.

A Igreja de São Tiago, inaugurada no inicio do ano de 1552, erigida ao lado da casa do colégio, possuía espaço suficiente para os serviços litúrgicos e acomodação dos religiosos. Em 1666, a estrutura da igreja ameaçava desabar e sofreu um processo de remodelamento, procedimento este que fez a igreja parecer uma nova construção. Em 1707, foi erguida a segunda ala do colégio de frente para a baía de Vitória e em 1734 a terceira ala foi construída, fechando o pátio interno, junto à segunda torre da igreja. Em 1727, o teto foi restaurado e as paredes sustentadas. Em 1747, a quarta ala é edificada, adjacente à igreja, formando um quadrilátero. Em 1757, com a expulsão dos jesuítas das colônias portuguesas os bens pertencentes aos clérigos, assim como o complexo jesuítico de São Tiago, foram incorporados ao patrimônio nacional. Em dezembro de 1759, Vitória presenciou a prisão do Reitor do colégio e de 5 padres.





Em 1796, um outro grande incêndio destruiu o interior do templo, inclusive a imagem de São Tiago. As imagens de Santo Inácio de Loyola e de São Francisco Xavier que integravam o altar foram transferidas para a igreja de São Gonçalo. Somente em 1798, dois anos após o incêndio, o prédio é recuperado e denominado Palácio do Governo. Em 1860, o palácio passa por obras de reforma e recebe o imperador Dom Pedro II e a imperatriz Dona Teresa Cristina Maria. Suas majestades permanecem no estado durante 15 dias.

Durante o governo de Jerônimo Monteiro (1908 -1912) o palácio, ex-igreja, sofreu as maiores remodelações. O conjunto sofreu grandes mudanças e recebeu uma nova roupagem arquitetônica com características ecléticas muito populares nos primeiros anos do século XX e difundidas pelos modernistas. As obras ficaram a cargo do engenheiro Francês Justin Norbert, que também foi responsável pela construção do mercado da capixaba no centro da capital. O telhado original foi elevado, as fachadas foram remodeladas e é feita uma nova abertura em direção à Baia de Vitória.

A igreja de São Tiago foi comprada do Bispado em 23 de novembro de 1911 e anexada ao prédio do palácio, antigo espaço utilizado como casa e colégio. A torre da direita foi demolida na primeira grande reforma e a segunda em 1919, no governo de Bernardino Monteiro. Em 1945, o Palácio recebeu oficialmente o nome de Anchieta, em homenagem ao padre, por meio do decreto de nº 15.888 assinado pelo governador Jones dos Santos Neves. Em 1983, o edifício foi Tombado pelo Conselho Estadual de Cultura e em 2004, iniciou-se a primeira grande obra de restauro que só foi concluída em 2009.

Palácio Anchieta Vitória Curiosidades

Como o palácio era uma Igreja, durante as reformas, corpos (provavelmente de Fidalgos) foram encontrados nos terrenos. Como é um prédio de origem Jesuítica, o Santo Anchieta, que dá nome ao prédio foi um de seus hóspedes, o prédio possui uma relíquia do Santo, um pedaço de sua Tíbia. É a única construção jesuítica que no período colonial possuiu 2 torres sineiras e 1 relógio. Com seu quadrilátero imponente, foi por muitos anos a maior construção do Estado do Espírito Santo e um dos 4 edifícios no Brasil que possuem a técnica do Esgrafito, uma técnica mourisca do séc XVI. O altar da igreja de São Thiago foi restaurado e atualmente o palácio está aberto à visitação de terça a sexta das 09 às 17 horas, e aos sábados e domingos das 09 às 16 horas, uma viagem no tempo, há quatro séculos. Atualmente possui obras de arte com valores inestimáveis, patrimônio do Estado do Espírito Santo.

Palácio Anchieta Vitória Exposições

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Horário de Funcionamento Palácio Anchieta em Vitória

  • Terça a Sexta das 09h às 18h / Sábado e Domingo das 08h às 16h

Onde fica, Endereço e Telefone Palácio Anchieta em Vitória

  • Praça João Clímaco, 142 – Centro – Vitória – ES
  • Telefone: (27) 3636-1032

Mapa de localização





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